segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Meu primeiro carro, ou melhor dizer... Jipe

Todos dizem que um carro é como uma família, fazendo alusão a questões financeiras, mas esquecem de dizer que você vai passa a vida inteira – do carro pelo menos – conhecendo suas qualidades e características.

Vamos falar então sobre essa relação tão linda e incondicional de uma pessoa e seu carro, principalmente quando é “O primeiro carro”.

Tudo começa com a decisão: Vou comprar um carro! Até aqui é moleza, uma decisão fácil de tomar, ainda mais quando precisa pegar 3 ônibus para ir pro serviço. Quem nunca falou que prefere ficar parado no transito sentadinho e ouvindo música no seu carro a ficar em pé – sem espaço até para cair – num ônibus que tem capacidade para 40 pessoas e leva 95. Um detalhe importante é aquela única gota que cai e num piscar de olhos todas as janelas se fecham, parece até mágica. Mas vamos voltar para o assunto em questão.

Decisão tomada, hora de fazer as contas. Aqui já começa a complicar um pouco, mas nada que nos desanime e nos leve a desistir.

É nesta etapa que começa a pesquisa pelo melhor custo/benefício. Depois de tanto pesquisar cheguei à conclusão que não adiantava, eu não queria de jeito nenhum um carro comum. Foi aí que tomei minha segunda decisão... Quero um jipe – cuidado ao falar isso em voz alta, esta declaração tende a arrancar “Você está louca!!!” das pessoas, e normalmente aos berros.


Protetor auricular na mão, vamos a pesquisa sobre jipes. Primeiro você tem que fazer algumas perguntinhas a si mesmo e tentar responder com toda sinceridade possível.

1) Conforto é importante?
2) Conversar com alguém dentro do veiculo é necessário?
3) Direção hidráulica, vidros e travas elétricas e AR CONDICIONADO são indispensáveis?

Se para essas 3 perguntas sua resposta for sim você tem duas opções: Volta para o carro normal ou prepara o bolso para comprar um jipe de luxo.

Achei besteira esses itens, estava mesmo decidida a comprar um jipe. Foi aí que um amigo sugeriu um Niva. Quando eu vi a foto do tal de Niva, foi a minha fez de gritar para alguém “Você está louco!!!”, que coisa mais feia, NUNCA vou ter um Niva – foi aí que aprendi a nunca dizer NUNCA.

Meses se passaram nesta pesquisa insana do melhor custo/benefício. Depois de avaliar vários fatores importantes e de fazer e refazer as contas, resolvi pesquisar mais a fundo o Niva e conforme conhecia mais sobre este jipe, mais bonito e interessante ele se tornava – quem disse que não existe amor a segunda vista. hahahah

Esse amigo que tão prontamente sugeriu o Niva me apresentou um niveiro. Lá fomos nós - eu, Bruno e Rodolfo – conhecer o Fabrício e seu Niva. Aí me aparece um Niva verde exercito fosco, com 4 pneus maiores que eu – não que isso seja difícil – uma pá e um machado no capô. Enfim, deixemos a invejinha básica de lado.

Para piorar, depois de explicar tudo sobre a viatura, ele vira e fala: Agora vamos dar uma volta. Ele nos levou para uma rua de terra, toda esburacada e cheia de pedra – como tenho dificuldade de desviar de buracos, achei perfeita aquela rua.

Ele deu uma volta, explicou sobre a reduzida e o bloqueio, estacionou e perguntou quem ia dirigir primeiro – foi aqui que descobri que todo jipeiro é doido – ele nunca tinha nos visto.
Primeiro foi o Bruno, tudo certinho, deu uma volta e estacionou em uma subida. Aí foi a minha vez. Como a minha pesquisa não tinha sido tão completa quanto a do Bruno, demorei meia hora para achar o lugar de colocar a chave – é do lado esquerdo. Dei a partida, engatei a 1ª, acelerei e soltei o freio de mão, mas o carro descia, acelerei um pouco mais e ele continuava descendo. Comecei tudo de novo, nisso o Fabrício estava mais aguentando segurar e riu. Foi aí que descobri que ele tinha colocado no neutro – o jipe fica sem tração. É isso mesmo, nem me conhecia e já tirou uma com a minha cara, diz ele que esse é o trote que faz com todas as mulheres que querem dirigir o Niva.

Apesar das trapalhadas, foi muito divertido, saímos de lá com mais vontade ainda de ter um Niva.
Bom, vou parar por aqui senão ninguém vai ler o resto, mas a parte 2 e espero que a final vou postar nos próximos dias.

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